O período de “fim dos tempos”, como nos relata o Evangelho de Jesus e o livro do Apocalipse, naturalmente estimula inconscientemente a psique coletiva da humanidade. No entanto, mais uma vez reforço que as manifestações ocorridas no Brasil nas últimas semanas não são negativas. Pelo contrário, elas são muito positivas. No entanto, cada um dos manifestantes vibra com a índole de seu próprio coração.
Durante todo o período de transição para a Nova Era aqueles que “forem bons serão ainda mais bons” e os que “forem maus serão ainda mais maus”. Por este motivo vemos tantas atitudes doentias como assassinato de crianças, estupros, queimar pessoas vivas etc. Além de atitudes de vandalismo, roubo e destruição por manifestantes com o rosto coberto. Isso faz parte de um processo inconsciente onde os futuros exilados para um mundo inferior sentem no íntimo da alma que seu tempo na Terra está acabando, fazendo-os agir de forma tresloucada e maléfica. São gestos inconscientes de vingança e despeito por terem que prestar contas ao Criador de suas atitudes maléficas por séculos. Falamos sobre isso na pergunta da semana passada.
Da mesma forma, aqueles que são bons e pacíficos sentem florescer no fundo de sua alma a esperança em um mundo melhor e tomam iniciativas para construir movimentos de integração, debate ordeiro e pacífico com o objetivo de elaborar uma agenda de desenvolvimento e progresso fraterno para o mundo. Só que estes movimentos, muitas vezes, estão sendo abafados pelo vandalismo de poucos. A mídia sempre vai dar mais destaque as notícias que impressionam, porque naturalmente o homem comum se interessa mais por dor e sofrimento, do que por mensagens conscientes de paz e crescimento.
Amigos, um dos poucos momentos em que o bem está vencendo o mal é justamente nestas manifestações populares. As pessoas de bem são a maioria. Só que elas fazem o seu protesto de forma pacífica, fato que não as destaca nas notícias. O que chama a atenção é a ação de meia dúzia de vândalos desequilibrados em meio aos protestos e outro tanto que acredita ser do bem e ter boa vontade, mas que não faz a sua parte por um mundo melhor. Apenas deseja colher os frutos, sem fazer a sua parte. Em geral realizam protestos negativos, queimam pneus nas estradas, interditam o trânsito, cometem crimes prejudicando os seus semelhantes para obter benefícios questionáveis de forma equivocada.
Contudo, tenham a certeza de que estes movimentos do bem são o embrião que gerará, com o passar das décadas, a saudável humanidade do futuro. Apoiem as manifestações do bem e condenem veementemente as ações de vandalismo e oportunistas. Assim construiremos o mundo novo que todos desejamos. A “democracia das ruas” fará com que os políticos acomodados e burocráticos mexam-se para realizar as mudanças necessárias, em vez de atender aos seus interesses e dos poucos grupos privilegiados que geralmente representam. A oportunidade que temos de construir através das redes sociais uma democracia direta, sem a intervenção de partidos políticos (geralmente comprometidos com interesses duvidosos), é maravilhosa. A Internet possibilita uma verdadeira democracia direta, sem a intervenção de políticos profissionais, mesmo com um Universo de milhões de habitantes (claro que ela precisa ainda ser levada a toda população, assim como a verdadeira educação, com foco no desenvolvimento do pensar).
Sem dúvida, é certo que a aproximação do “astro intruso” influenciará e excitará a toda a nossa humanidade durante os próximos cinquenta anos. Tanto de forma positiva, como negativa. Isto é inevitável.
O astro intruso, portal que determina o exílio das humanidades (separação do joio e do trigo) é chamado por alguns de Hercólubus. Preferimos nomeá-lo de Absinto, em alusão ao livro do Apocalipse 8:11: “E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas.” Uma alusão aos dois terços de espíritos da humanidade terrena que sofrerá novo exílio, conforme relatamos no livro “A Nova Era – Orientações espirituais para o terceiro milênio”.
Roger Bottini Paranhos