segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Floresta Amazônica – O Coração Sagrado da Terra

A Terra chora a perda de uma parte dela que nunca irá retornar. E, enquanto as espécies que são vulneráveis mudam de um status “em perigo” para um status “em extinção”, ela chora por uma parte amada de si mesma que está sendo deixada para trás.
Sabemos que a Floresta Amazônica é essencial ao bem-estar do Planeta.
Sabemos que as suas florestas respiram o ar vital na ecosfera da Terra, e que a sua terra e árvores abrigam uma diversidade de espécies inigualáveis em número na Terra.
E, no entanto, o que não sabemos é que esta floresta, estas terras que se estendem por milhares de quilômetros, não podem ser substituídas facilmente. O que uma vez desaparece através da extinção, não será identicamente reproduzido, nunca, pois as condições que o produziram, não podem ser igualadas. Estas condições mudaram e estão mudando. Embora a Amazônia possa se curar se as práticas humanas que impedem tal cura não continuarem, não trará de volta a diversidade precisa da vida que lá tem estado desde tempos imemoriais. Ela trará ao ser novas formas de vida, cada uma sendo sensibilizada através da intenção Divina do Criador, mas não trará novamente aquilo que se tornou parte de seu passado histórico.
A Terra lamenta esta perda. Ela se angustia pela perda de uma parte sua que nunca irá retornar. E enquanto as espécies que são vulneráveis mudam de um status “em perigo” para um status “em extinção”, ela lamenta pela sua parte querida que está sendo deixada para trás.
Ouçam os gritos da Terra em luto. Sintam a perda dentro do seu próprio coração, pois é a indiferença humana em relação à vida sagrada da própria floresta que é a causa desta perda.
Hoje, sabe-se que as palmeiras que são encontradas na Amazônia estão começando a produzir sementes cada vez menores, sementes que têm menos probabilidade de reprodução. Esta adaptação evolutiva, alguns dizem, é causada pela perda do habitat dos animais que levavam as sementes das palmeiras de um local a outro, permitindo que novas árvores crescessem em novos locais. Estes animais de grande porte, tendo perdido o seu habitat devido ao aquecimento da temperatura e do desmatamento, não podem mais carregar as sementes das palmeiras para o plantio. E assim é suposto que as palmeiras começaram a produzir sementes menores, de modo que animais menores que fazem ainda parte do seu ecossistema local, pudessem levá-los para longe em suas viagens e depositá-las em solo fértil. No entanto, as pequenas sementes não são tão viáveis quanto as maiores, e assim as palmeiras podem também começar a diminuir em número, e elas, também, podem se tornar uma espécie em extinção.
A Terra lamenta pelas suas palmeiras e pelos animais que perderam os seus lares, por causa das práticas, indiferentes à floresta antiga. Ela pede a todos que ouçam os seus lamentos, para que saibam que não há nenhuma ação em relação à Terra, que não importe. Todas as ações, ou contribuem para a sua saúde maior, ou a afastam dela. Não há tal coisa como separação.
A Terra sabe, como todos vocês que estão na forma humana ainda não sabem, que há somente um corpo e que todos fazem parte dele. Cada membro deste corpo tem um efeito no todo, conscientemente ou não. A perna pode não saber que é parte de todo um organismo humano, mas é afetada pelo sangue e pelo oxigênio que flui através dela, através do coração e dos pulmões, e pelos rins que expelem os resíduos, da forma a que se destinam. A perna pode também afetar o funcionamento global de todo o corpo humano quando está inflamada, infectada, inchada ou portadora de uma doença de algum tipo. Todas as condições que acontecem à parte, acontecem ao todo, e assim é com o corpo da Terra também.
A deterioração e a profanação da Floresta Amazônica é uma grande perda, e para as palmeiras que já estão se produzindo em menor número, com menos sementes viáveis, isto já começou de uma forma significativa.
Ouçamos os gritos da Terra. Vamos responder a eles a partir dos recessos de nossos corações que afastam a indiferença, mas que permanecem em relacionamento com a vida do mundo, em todos os momentos. Sejamos conscientes da habitação que compartilhamos – a dádiva Divina que nos foi tão graciosamente oferecida como um lar e que somos convidados a tratar com reverência e respeito.
Pois, não há desvio a partir deste pedido. Devemos renunciar a nossa sensação de isolamento, a fim de respondermos ao apelo da Terra pela unidade, pois é o seu tempo, é a sua vida e somos todos parte disto, escolhamos estar em plena consciência disto ou não.

Que a sagrada Terra seja abençoada e que todos os seres venham a ter conhecimento de sua unidade no corpo que a todos contém.

Julie Redstone

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