quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Consolador Prometido

É interessante como as religiões e seus adeptos percebem as revelações espirituais de uma forma absolutista, como se todo o cenário das instruções do Alto fossem designadas exclusivamente à sua própria religião e crença. O advento do Consolador Prometido por Jesus aos seus discípulos no período após a sua suposta ressurreição diz respeito a todas as comunicações espirituais que o mundo receberia do plano espiritual quando chegasse o período de “Fim dos Tempos”, que já vivemos desde o último quarto do século vinte.

Isto independe de alguma religião específica. No entanto, o espiritismo por ser uma religião com bastante foco no fenômeno mediúnico, desponta como uma das mais importantes manifestações do “Consolador Prometido” na Terra nesse importante momento evolutivo de nossa humanidade. Mas precisamos entender que este advento das comunicações espirituais não se resume somente aos seguidores do espiritismo. Por todo o mundo vemos as mais diversas formas de intercâmbio com o plano espiritual entre pessoas que desconhecem o espiritismo ou entre aquelas que professam outras religiões. Desde os estudos de terapias passadas de Brian Weiss, adeptos de estudos teosóficos, canalizadores da grande fraternidade branca, médiuns de umbanda e espiritismo, pastores, padres, bispos que recebem a “energia” do Espírito Santo, por intermédio dos espíritos de luz, até os iogues indianos e demais manifestações espirituais pelo oriente afora, ou seja, toda a forma de captação de sabedoria do Alto corresponde a manifestação do advento do “Consolador Prometido”. Eis um autêntico fenômeno que não pertence a nenhuma religião e independe delas. Logo, fica fácil perceber que a mediunidade é o Consolador Prometido, e não o espiritismo.

O espiritismo é uma religião que está restrita atualmente apenas ao Brasil. Ele não atende a nossa humanidade de forma global. Portanto, assim como o cristianismo não resume toda a sabedoria espiritual da humanidade, mas sim faz parte dela, o espiritismo também não resume todo o intercâmbio espiritual do planeta. Seria insensatez de nossa parte acreditar que somente ele é única e exclusivamente o “advento do Consolador Prometido” por Jesus. O plano espiritual trabalha sem rótulos. As religiões, suas crenças e denominações são coisas muito pequenas para os grandes mestres da espiritualidade. Eles trabalham apenas com o conceito cristalino de agir em nome do bem e do progresso, sem se preocupar com terminologias, dogmas, crenças e sectarismos religiosos criados pelo homem. Esta é a “religião dos espíritos”. Se olharmos além de nossas crenças, veremos que a ação do Alto percorre todos os povos do planeta, de forma peculiar a cada cultura e região. O que nos impede de ver isso é que geralmente nos centramos demais em nossas próprias crenças e formas de ver o mundo, esquecendo-se que somos seres distintos, com crenças distintas.

Aonde houver um médium, canalizador, ou religioso inspirado, ou até mesmo um ateu idealista, lá estarão os emissários do Cristo inspirando esses fieis trabalhadores para que a mensagem de Luz chegue até a nossa humanidade que se encontra perigosamente distanciada dos valores crísticos. O advento do Consolador Prometido, que tem a finalidade de reavivar a mensagem do Cristo na Terra, portanto, não é o espiritismo, mas, sem dúvida, o espiritismo está inserido de forma muito importante e significativa neste processo.


Roger Bottini Paranhos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fiquem a vontade para comentar a matéria.