É interessante como as religiões e seus adeptos
percebem as revelações espirituais de uma forma absolutista, como se todo o
cenário das instruções do Alto fossem designadas exclusivamente à sua própria
religião e crença. O advento do Consolador Prometido por Jesus aos seus
discípulos no período após a sua suposta ressurreição diz respeito a todas as
comunicações espirituais que o mundo receberia do plano espiritual quando
chegasse o período de “Fim dos Tempos”, que já vivemos desde o último quarto do
século vinte.
Isto independe de alguma religião específica. No
entanto, o espiritismo por ser uma religião com bastante foco no fenômeno
mediúnico, desponta como uma das mais importantes manifestações do “Consolador
Prometido” na Terra nesse importante momento evolutivo de nossa humanidade. Mas
precisamos entender que este advento das comunicações espirituais não se resume
somente aos seguidores do espiritismo. Por todo o mundo vemos as mais diversas
formas de intercâmbio com o plano espiritual entre pessoas que desconhecem o
espiritismo ou entre aquelas que professam outras religiões. Desde os estudos
de terapias passadas de Brian Weiss, adeptos de estudos teosóficos,
canalizadores da grande fraternidade branca, médiuns de umbanda e espiritismo,
pastores, padres, bispos que recebem a “energia” do Espírito Santo, por
intermédio dos espíritos de luz, até os iogues indianos e demais manifestações
espirituais pelo oriente afora, ou seja, toda a forma de captação de sabedoria
do Alto corresponde a manifestação do advento do “Consolador Prometido”. Eis um
autêntico fenômeno que não pertence a nenhuma religião e independe delas. Logo,
fica fácil perceber que a mediunidade é o Consolador Prometido, e não o
espiritismo.
O espiritismo é uma religião que está restrita
atualmente apenas ao Brasil. Ele não atende a nossa humanidade de forma global.
Portanto, assim como o cristianismo não resume toda a sabedoria espiritual da
humanidade, mas sim faz parte dela, o espiritismo também não resume todo o
intercâmbio espiritual do planeta. Seria insensatez de nossa parte acreditar
que somente ele é única e exclusivamente o “advento do Consolador Prometido”
por Jesus. O plano espiritual trabalha sem rótulos. As religiões, suas crenças
e denominações são coisas muito pequenas para os grandes mestres da
espiritualidade. Eles trabalham apenas com o conceito cristalino de agir em
nome do bem e do progresso, sem se preocupar com terminologias, dogmas, crenças
e sectarismos religiosos criados pelo homem. Esta é a “religião dos espíritos”.
Se olharmos além de nossas crenças, veremos que a ação do Alto percorre todos
os povos do planeta, de forma peculiar a cada cultura e região. O que nos
impede de ver isso é que geralmente nos centramos demais em nossas próprias
crenças e formas de ver o mundo, esquecendo-se que somos seres distintos, com
crenças distintas.
Aonde houver um médium, canalizador, ou religioso
inspirado, ou até mesmo um ateu idealista, lá estarão os emissários do Cristo
inspirando esses fieis trabalhadores para que a mensagem de Luz chegue até a
nossa humanidade que se encontra perigosamente distanciada dos valores
crísticos. O advento do Consolador Prometido, que tem a finalidade de reavivar
a mensagem do Cristo na Terra, portanto, não é o espiritismo, mas, sem dúvida,
o espiritismo está inserido de forma muito importante e significativa neste
processo.
Roger Bottini Paranhos
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