O alvorecer do terceiro milênio envolve o planeta Terra com o
seu manto de luz. Energia renovadora que começa, lentamente, a alterar a
realidade de um mundo de Provas e Expiações para um mundo de Regeneração
Espiritual.
No entanto, este lento processo não ocorre aleatoriamente,
como se o homem não fosse um agente desta mudança, ou seja, importante peça no
mecanismo de alteração consciencial programada para a humanidade terrena.
Se tudo é energia, é natural que a fase de transição
que experenciamos neste momento, esteja agindo sobre o indivíduo no
sentido de pressioná-lo a se adequar às exigências de um modus-vivendi inédito
para o homem e para o seu planeta.
Neste sentido, a Nova Era ou Era da Luz, sutilmente exerce a
sua pressão sobre a população da Terra. E como toda mudança exige um
tempo de adaptação a uma nova situação, o homem manifesta os sintomas da
transição energética que atinge um número incalculável de pessoas, que são os
sintomas de efeito psicofísicos como confusão mental, insatisfação,
irritabilidade, revolta, perplexidade, dor de cabeça, taquicardia, dores de
difícil diagnóstico, angústia, ansiedade e preocupação exagerada, entre
outros.
Por outro lado, sentimentos antagônicos que marcam presença
nas relações interpessoais, como mágoa e gratidão, rejeição e acolhimento, ou
justiça e injustiça.
Ingredientes psicofísicos e emocionais de uma
"receita" que prepara o homem do terceiro milênio para a prática
de valores éticos a serem aplicados na construção de uma nova
sociedade mundial. Processo que levará o indivíduo a encontrar a
saída da crise ético-moral que interfere na sua caminhada evolutiva.
Portanto, a confusão ou a inquietação que
experienciamos, nada mais é que o resultado de nossos questionamentos e reflexões
atuais a respeito do mal que reside em nós mesmos, e que tem se multiplicado e
mostrado as suas faces durante os milênios de existência da humanidade.
Nesta direção, a Era da Sensibilidade exerce pressão sobre o
homem no sentido de estimulá-lo a depurar a densa energia que ele próprio
acumulou na sua longa jornada sobre a face da Terra.
Na mesma direção, a Era de Cristal estimula o indivíduo
dotado de inteligência, a rever conceitos, valores e crenças. A transparecer a
sua alma como identidade de seu verdadeiro eu. Essência perdida no labirinto
dos tempos e sufocada pelas exigências de um ego centralizador.
O homem encontra-se confuso e inquieto porque sente-se
pressionado a reagir a um "estado de coisas" gerado pelo comodismo.
Condicionamentos atrelados a um modelo comportamental alienado de sua essência.
E como "água não muda para o vinho", conforme informa-nos o dito
popular, o processo que se inicia exige dos humanos da Terra, a percepção
apurada para que o indivíduo, aos poucos, aproprie-se do conhecimento que
as mudanças proporcionarão à sociedade terrena.
Vivenciamos, portanto, o início de uma nova era para a
humanidade. Mudanças que alterarão o curso da história, na qual a consciência
será ampliada para que o homem perceba o verdadeiro significado da vida em uma
sociedade cuja meta é a promoção do bem comum e do bem estar entre as pessoas.
Nesta lógica, a experiência tem mostrado ao homem que toda
mudança mexe com comodismos e condicionamentos. Isto é, provoca dúvidas,
inquietações, renúncias, escolhas e somatizações pelo corpo físico. É
justamente o que estamos experenciando de uma forma global, à medida que a fase
de transição energética acontece em todos os cantos do planeta Terra. E o
homem, ao sentir-se pressionado a acompanhar a alteração energética de seu
mundo, sente os efeitos desta pressão nos campos mental, emocional, físico
e espiritual. É o "ônus" de quem passa pela atual fase
transitória do planeta.
Contudo, apesar do homem sentir-se confuso e até mesmo
perdido num labirinto repleto de indagações a respeito de seu futuro, esta
inédita experiência, baseada em sintomas e sensações, terá prazo de validade
vencido quando ele atingir um melhor nível de lucidez como decorrência de
sua escolhas em prol do bem comum, o que levará um considerável tempo terreno
para que a humanidade alcance este patamar evolutivo.
Tal processo exigirá do homem uma seleção natural baseada na
lei universal do progresso, que nos orienta sobre a união e separação
de espíritos pelo critério de afinidade vibratória. Realidade que exige do
indivíduo, que vivencia este momento, um esforço no sentido de apurar
a percepção de si mesmo inserido em um megacontexto de significativas mudanças
para o seu mundo.
Flavio Bastos
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